ouça um bom conselho (eu lhe dou de graça):
inútil dormir que a dor não passa
A chuva, o relógio sempre adiantado, um passo para a direita. Quatro horas para dormir, dez minutos para almoçar, duas horas no trânsito. Sem bateria no mp3. No celular. Na paciência. Dormir querendo abraço. Depende do abraço. Ler até cair no sono. De manhã. Aquelas fotos de viagens que nunca fiz. Aquelas lembranças de momentos em que não tinha câmera. Os erros detestáveis de gramática dos outros. O mau humor de cada dia. O preciosismo das pequenas coisas.
Só sobrou o Fabio e o Marotta. O acento deixei de brinde.
Mesmo porque, verde-abacate não me veste bem.
Agora tem mais um: maisoumenostempo. Imagens, sons, vídeos e outros comentários estéticos do cotidiano de Fabio e Mai.
Sofrer, todo mundo sofre. O que importa é com quanta intêligencia e bom humor se é capaz de passar por isso.
Amém.
Fico besta como esses casaizinhos adolescentes são capazes de ficar se agarrando nos lugares mais adversos. Hoje foi no ônibus lotado. Mas sabe que eu até achei bonitinho? Pareciam apaixonadinhos de verdade. Talvez não tenham transado ainda, a menina tá regulando e ele levando ela no xaveco... Ou estão apaixonadinhos de verdade. Às vezes acontece...
Enfim. Mas a minha enlevação com o casal acabou quando a garota me deu uma mochilada na fuça. Vadia.
... ou como ver sua dignidade descendo pela descarga
Nos idos de Novembro/2006: 3 dias de preparação, sem laticínios, grãos nem corantes vermelhos (ou seja, pode água, oxigênio e gelatina de abacaxi). 12 horas de jejum COMPLETO, COMPLETINHO. 1 litro de uma gororoba chamada Manitol pra ser tomada em meia hora (pra uma última lavagem interna. de você e do vaso sanitário.). O troço é mais doce que batata doce e deixa a boca seca. Mas não pode tomar água.
E claaaro que ao chegar na clínica vai se esperar meia eternidade pra entrar na sala. E a garganta seca... Nesses momentos a gente nem se importa com a camisolinha de hospital (aquela aberta atrás... tudo fez sentido nesse momento!). A picada no braço é um cafuné, se pensarmos que seremos reidratados depois de horas de jejum e caganeira. Aquele soro geladinho entrando pelo braço foi tão refrescante...
Percebi que o sedativo já fazia seu trabalho quando resolvo comunicar o médico, sem qualquer pudor (com a bunda de fora, quem o teria?): Sabe, Doutor, não sei se estou completamente vazio, sabe? A resposta veio com um sorriso: Não se preocupe, a máquina tira! Meu comentário confirmou a eficácia da dopagem: Pô Doutor, e o senhor nem me paga um drinque antes? Graças a Deus eu só acordei no carro, quase em casa.
Dias depois, a sentença do Gastro: É Fábio, não deu nada!
Quem disse que chocolate supre carência? Não dá pra dormir abraçado com um, poxa!
Arrumar a cama e deixá-la esticadinha
Enrolar as meias perfeitamente
Lembrar-se da idade exata dos eletrodomésticos da casa
Analisar relação custo/benefício de cada produto em segundos no mercado
Comandar seus subordinados com respeito e pulso firme ao mesmo tempo. (Tá, isso pouca gente consegue mesmo).
Ainda assim detestar fazer serviços do lar.
Eu esqueço sempre nesta hora,
Linda, loura
Quanto me custa dar a outra
Face
Bala com Bala, Elis.
Ao embarcar, porém, não exigiu idaevolta: já sabia que a vida é sem retorno. E o mundo, porta giratória.
... porque a maioria das pessoas que resolve decorar suas casas sofre de carência crônica de senso estético, de forma que você vê multiplicar, na vizinhança, fachadas que mais se assemelham a casas de tolerância, com aquele pisca-pisca colorido mal sincronizado, do que a lares decorados para a celebração da vinda do Salvador.
(roubei daqui)
Mas, anyway, paga minhas contas entre outubro e novembro. E em Janeiro também.