segunda-feira, janeiro 29, 2007

esvai, escorre

A mão aberta, estendida, vertical, dedos unidos. Entre meu rosto e o monitor (que é minha paisagem, nesses dias de reclusão - aguardo, talvez).

Os desenhos de luz entre os dedos. É por ali que esvaem os dias.

Se eu engordar um pouco, esses espaços somem e o tempo pára nas mãos. Mas somem também as gotinhas de luz que são só minhas.

qual a distância entre tudo e eu?
o vazio não é tão vácuo assim, um dia me provo isso.

e se um dia

alguém chega e diz que não precisa mais dessas fisgadas no coração?

quarta-feira, janeiro 24, 2007

sexta-feira, janeiro 19, 2007

nada vai permanecer

no estado em que está.


né?

tudo está ali e eu estou aqui.

Talvez seja porque o espaço em branco entre as palavras me interesse de verdade. E essa eu roubei da Mai.

Eu parei de ler porque tem muita coisa, e eu não sei definir prioridades. Também não sei se me enfio numa academia ou numa Pós.
Corpo ou cabeça? O que garante mais facilmente que eu seja um partidão desejado na balada? Ou no bar? Ou no Shopping? Talvez na puta que o pariu.

Ano novo, escola nova, doença nova, 1/4 de século e provavelmente eu não vou brindar nada disso. Pelo menos não a fração de vida que agora é resíduo.

Procurando mais direteza, embora eu ache que não tem muita graça, mas tudo bem. Já que se tem que escolher um caminho...
O problema é que essa perseguição pela falta primordial já me irritou, e nunca tinha me irritado antes. Talvez me deprimido. Mas agora eu tou mesmo é irritado.

Pelo tempo perdido e pela bomba que veio parar na minha mão, e que mamãe insiste que é mais dela do que minha. Adoraria, mas é minha mesmo.

terça-feira, janeiro 16, 2007

o que fazer com essa passividade diante da grandeza das coisas?
talvez não deixar os desejos serem maiores que as atitudes. algo que me coloque acima das situações, isso eu já tenho - de uma forma amargamente inesperada.

eu ainda preciso experimentar o que posso fazer com isso.

(e aquela sensação de que jamais estarei preparado, e para sempre esperando o momento certo)

momento que não chega!

não suma com o vento. não suma com o vento. não suma com o vento.

eu começo - começo!- a entender isso de crescer a partir das dificuldades. não é porque eu esteja felizinho hoje (e estou) mas por estar me desapegando. nem é atraso. eu tenho meu tempo interno e uma mania de deixar pra depois. e eu tenho que resolver a mania, não o tempo interno.

eu gosto do meu tempo interno. é ele que está certo.

não suma com o vento

terça-feira, janeiro 09, 2007

quando tudo baixa

a guarda
o susto

essa tranquilidade estranha. irritaçõezinhas para ter o que pensar.
então a vida é assim?

segunda-feira, janeiro 08, 2007