eu insisto
cutucando, relembrando, reabrindo...
épranãoterrecaídaquenãomedeixoesquecer
Sei que assim falando pensas que este desespero é moda em 73
Raimundo Fagner.
Entre orações, lamentos. Às vezes a gente procura o silêncio da lua.
E um gato tomando sol na janela.
O frio. Frio frio frio frio.
Nos braços - eu esqueci o guarda chuva, a blusa molhada. Na barriga. Who is it?
Aí depois um sorriso quentinho. E a voz doce. Até ganhei chocolate! Nem tive coragem de abrir.
Quem é que estava desanimado com escola??
dá meio que um medo. pensar no que pode acontecer na hora em que eu resolver meus trauminhas.
Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake
De uma vez por todas que usar o relógio não é ser escravo dele, mas apenas mais organizado.
Mais organizado. Mais organizado. Mais organizado.
Um pouco mais de disciplina. Talvez com ela, o tempo renda mais, o dinheiro renda mais, a leitura, as aulas...
As coisas todas com mais cuidado e atenção.
It's real early morning
No-one is awake
I'm back at my cliff
Still throwing things off
I listen to the sounds they make
On their way down
I follow with my eyes 'til they crash
Imagine what my body would sound like
Slamming against those rocks
When it lands
Will my eyes
Be closed or open?
A mão aberta, estendida, vertical, dedos unidos. Entre meu rosto e o monitor (que é minha paisagem, nesses dias de reclusão - aguardo, talvez).
Os desenhos de luz entre os dedos. É por ali que esvaem os dias.
Se eu engordar um pouco, esses espaços somem e o tempo pára nas mãos. Mas somem também as gotinhas de luz que são só minhas.
tudo está ali e eu estou aqui.
Talvez seja porque o espaço em branco entre as palavras me interesse de verdade. E essa eu roubei da Mai.
Eu parei de ler porque tem muita coisa, e eu não sei definir prioridades. Também não sei se me enfio numa academia ou numa Pós.
Corpo ou cabeça? O que garante mais facilmente que eu seja um partidão desejado na balada? Ou no bar? Ou no Shopping? Talvez na puta que o pariu.
Ano novo, escola nova, doença nova, 1/4 de século e provavelmente eu não vou brindar nada disso. Pelo menos não a fração de vida que agora é resíduo.
Procurando mais direteza, embora eu ache que não tem muita graça, mas tudo bem. Já que se tem que escolher um caminho...
O problema é que essa perseguição pela falta primordial já me irritou, e nunca tinha me irritado antes. Talvez me deprimido. Mas agora eu tou mesmo é irritado.
Pelo tempo perdido e pela bomba que veio parar na minha mão, e que mamãe insiste que é mais dela do que minha. Adoraria, mas é minha mesmo.
o que fazer com essa passividade diante da grandeza das coisas?
talvez não deixar os desejos serem maiores que as atitudes. algo que me coloque acima das situações, isso eu já tenho - de uma forma amargamente inesperada.
eu ainda preciso experimentar o que posso fazer com isso.
(e aquela sensação de que jamais estarei preparado, e para sempre esperando o momento certo)
momento que não chega!
não suma com o vento. não suma com o vento. não suma com o vento.
eu começo - começo!- a entender isso de crescer a partir das dificuldades. não é porque eu esteja felizinho hoje (e estou) mas por estar me desapegando. nem é atraso. eu tenho meu tempo interno e uma mania de deixar pra depois. e eu tenho que resolver a mania, não o tempo interno.
eu gosto do meu tempo interno. é ele que está certo.
a guarda
o susto
essa tranquilidade estranha. irritaçõezinhas para ter o que pensar.
então a vida é assim?